sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma Nova Marinha

Quando me perguntam se toda essa verdadeira batalha realmente valeu a pena, digo fortemente que sim! Muitos criticam nossa atitude, dizem que somos criminosos, mas a verdade está no coração de cada um que tornou possível essa Revolta, somos heróis! Cada dia que passava na Marinha, o que mais doía não eram as chibatas, a falta de respeito, e sim, a decepção de ter acredito em uma Marinha verdadeiramente onipotente e respeitada. Machucava muito fazer sempre o melhor e continuar sempre desprezado, desrespeitado, tratado como um animal e não como um ser humano. Por isso tudo, tenho orgulho de ter feito a minha parte, ter esperanças mesmo quando tudo parecia perdido. Agradeço por todos os meus amigos, melhor irmãos, pois quando estava quase acreditando que não teria mais jeito de lutar, eles sempre me apoiaram e não desistiram! Mesmo que eu os tenha perdido, continuarão em minhas memórias. Valeu toda essa 'guerra', porque fizemos algo extraordinário, trouxemos a dignidade, honra e respeito de volta para cada marinheiro, que mesmo sem desfrutarmos dessa nova Marinha, ficamos honrados pelo de termos conquistados tudo isso para às próximas gerações de marinheiros que virão!

E os que ainda dizem que essa Revolta pode até ter sido nobre, mas que morrera na história. Não temos muito o que falar, afinal, uma imagem vale mais do que mil palavras!



ADSUMUS!

Autoria do texto foi do próprio grupo, o qual se baseou em seus conhecimentos.
Fonte da foto: http://www.pop.com.br/popnews/noticias/brasil/417466-Movimentos_negros_paulistas_pedem_o_fim_do_racismo_no_Brasil.html

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A segunda revolta

Nós depusemos nossas armas e entregamos as embarcações acreditando que havíamos saído vitoriosos, porém no dia 28 o presidente Marechal Hermes da Fonseca nos enganou e lançou um novo decreto que permitia a expulsão da Marinha daqueles que haviam participado da Revolta. Nós marinheiros ficamos revoltados com essa atitude do governo, isso causou o estouro do levante na Ilha das Cobras que foi severamente abafado pelas tropas do governo. Eu, João Cândido, fui aprisionado e atirado em um calabouço na Ilha das Cobras, em 1912 fui julgado e considerado inocente. Fiquei conhecido como o Almirante Negro, o que aboliu o uso da chibata na Marinha brasileira.










Fonte: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=5954


A resposta

   Depois de enviarmos a carta, ficamos na expectativa, todo o convés, todos os navios estavam aguardando ansiosamente por uma resposta, e claro, queríamos uma resposta positiva, onde nossas exigências fossem aceitas.
   Chegou, nossa resposta, até que enfim,  chegou. Conseguimos! A resposta do governo federal foi positiva, aceitaram as nossas exigências e a anistia será concedida para todos os marinheiros, está uma festa no convés, todos comemorando. Agora sim, vamos ter orgulho de trabalhar na marinha, de servir nossa pátria com a cabeça erguida, não vamos ser mais tratados como escravos, vamos ter direitos, honra. E agora, como homens de palavra iremos parar a revolta, devolver os navios e não atacaremos mais a nossa pátria.





Fonte do texto: Aula de história e adaptações

A Carta ao Presidente da República

Como líder da Revolta, tive que mostrar o nosso lado para as autoridades e para todo o povo brasileiro, então escrevi esta carta que colocarei logo abaixo. Fui bem objetivo quanto aos pedidos, que todos os marinheiros achavam dignos de serem aceitos, e dei um prazo nāo muito longo para o Presidente pensar, afinal ele deveria se sentir pressionado. Para isso, estávamos contando com o apoio de todos os brasileiros que tem amor por outros seres humanos, muitos nem sabiam dessas atrocidades que éramos submetidos e assim que soubessem deveriam ter compaixão pelos marinheiros e apoiarem juntamente conosco nessa Revolta.



Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1910

Il.mo e Ex.mo Sr. Presidente da República Brasileira

Cumpre-nos comunicar a V. Ex.a, como Chefe da Nação brasileira:

Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, não podendo mais suportar a escravidão na Marinha brasileira, a falta de proteção que a Pátria nos dá; e até então não nos chegou; rompemos o negro véu que nos cobria aos olhos do patriótico e enganado povo.

Achando-se todos os navios em nosso poder, tendo a seu bordo prisioneiros todos os oficiais, os quais têm sido os causadores da Marinha brasileira não ser grandiosa, porque durante vinte anos de República ainda não foi bastante para tratar-nos como cidadãos fardados em defesa da Pátria, mandamos esta honrada mensagem para que V. Ex.a faça aos marinheiros brasileiros possuirmos os direitos sagrados que as leis da República nos facilita, acabando com a desordem e nos dando outros gozos que venham engrandecer a Marinha brasileira; bem assim como: retirar os oficiais incompetentes e indignos de servir à Nação brasileira. Reformar o código imoral e vergonhoso que nos rege, a fim de que desapareça a chibata, o bolo e outros castigos semelhantes; aumentar o nosso soldo pelos últimos planos do ilustre Senador José Carlos de Carvalho, educar os marinheiros que não têm competência para vestir a orgulhosa farda, mandar pôr em vigor a tabela de serviço diário, que a acompanha.

Tem V. Ex.a o prazo de 12 horas para mandar-nos a resposta satisfatória, sob pena de ver a Pátria aniquilada.

Bordo do encouraçado São Paulo, em 22 de novembro de 1910.

Nota: Não poderá ser interrompida a ida e volta do mensageiro.





Fonte: http://www.franklinmartins.com.br/estacao_historia_artigo.php?titulo=revolta-da-chibata-carta-dos-marinheiros-1910
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/revolta_chibata.htm

O Grande Dia








Era chegada a hora, depois do que acontecera com Marcelino nos vimos com a obrigação de fazer alguma coisa, resolvi tomar a frente da Revolta e então dominamos o navio. O comandante e mais três oficiais que resistiram e não quiseram partir, acabaram sendo mortos pelos nossos revoltosos. Uma coisa era certa, nós queríamos nossos direitos e se fosse preciso, usaríamos a violência para conseguir. Esse nosso espírito de revolução fez com que contagiássemos a baía de Guanabara, obtendo o apoio dos marinheiros do encouraçado de São Paulo. Os oficiais que tentassem resistir a nossa ocupação eram executados, e ameaçamos o governo de que iríamos bombardear o Rio de Janeiro caso nossas exigências não fossem atendidas. Eles duvidaram da nossa capacidade de controlar o navio e apontar para o litoral, mas nós conseguimos e por isso eles sabiam que nāo estávamos blefando. Parecia que finalmente o nosso sonho de liberdade seria realizado, para a alegria de todos os marinheiros.








Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/a-revolta-da-chibata.htm
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/revolta_chibata.htm

Marcelino e as 250 chibatadas

Hoje foi a gota d' água, estávamos no navio de guerra indo para o Rio de Janeiro, quando vimos que o nosso companheiro Marcelino Rodrigues estava sendo arrastado para o meio do navio, para receber a punição que lhe foi imposta por ter ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas Gerais. O comandante fez questão de que a punição dele ocorresse na frente de todos os marinheiros, para servir de exemplo é claro, mas o que aconteceu foi que só gerou revolta entre todos nós. O castigo de 250 chibatas no Rodrigues fez com que, finalmente, nós tivéssemos coragem de lutar contra o desrespeito da Marinha. Afinal, se continuasse do jeito que estava, eu nāo estaria aqui para contar essa história.



Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/revolta_chibata.htm